Uma bandeira branca foi hasteada em minha mente. Após a declaração de guerra, uma trégua é sempre bem-vinda. Chamo minhas tropas encarregadas da inspiração, mas elas não me ouvem, simplesmente dormem, roncam e esfregam os olhos de sono e preguiça.
Minhas mãos estão paranóicas, sempre achando que uma nova idéia finalmente surgiu. Só foi um alarme falso, nada demais. Mas quando esse branco será jogado fora? Quando é que os personagens entrarão correndo oferecendo um conto novo para os leitores ávidos?
Minha alma quase estoura com a ansiedade de se expressar e transformar sensações em palavras. É difícil quando nossa mente não corresponde assim que precisamos dela. A escrita é um mundo que te compreende sem perguntar motivações, sem procurar detalhes implícitos nas entrelinhas. É como se conhecer melhor.
Não espere que te entendam, porque raro será o dia em que alguém se identificará com alguns de seus pensamentos. Talvez seja por isso que me identifico tanto com uma folha branca, uma página imaculada, esperando o decalque dos meus pensamentos. Aquela sou eu, sem máscaras, sem simulações. Apenas eu.
Não espero retorno, compreensão e aceitação...sei que por vezes nem eu mesma me compreendo, fico me achando dramática demais, risonha demais, ingênua demais. Mas de alguma forma me ajuda a entender que sou humana, um ser complexo, repleto de variações de humor, sentimentos e sonhos. Não sou mais uma personagem excêntrica de mais um livro de ficção, sou real! Por isso há momentos em que palavras não são suficientes para me explicar. É frustrante, irritante e assustador.
Tu Arrasa Hay! Poetisa!
ResponderEliminarwww.byanak.com.br
Ah, esses escritores das páginas desse livro que chamamos de vida...
ResponderEliminarMuito legal seu texto. Conheci o blog por um grupo e estou adorando. Parabéns, conquistou um leitor (eu o/)
http://manteigademinduim.blogspot.com.br/2015/07/1-2-e-click.html