01 junho 2015

Filme: Razão e Sensibilidade


Depois de assistir Orgulho e Preconceito, eu achei que nunca mais me apaixonaria outra vez por um filme. Acho que parte de mim valoriza muito aquela idéia de romance à moda antiga, não posso negar que sou fascinada pela forma que os homens tratavam as mulheres naquela altura, com tanto respeito e distinção! E o amor? Parecia tão mais valorizado e vivido com tanta intensidade! Essa é mais uma adaptação literária que me fez rir, chorar e desejar que por um instante tudo fosse como antigamente.

O livro Razão e Sensibilidade foi a primeira obra de Jane Austen a ser publicada. Ela o escreveu no ano de 1795, aos 20 anos de idade, mas ele só foi publicado em 1811. Na verdade a obra original era intitulada Elinor e Marianne, que são essas duas moças da foto. As duas irmãs Dashwood perdem o pai assim que o filme começa. (Vou dizer filme porque ainda não li o livro). Essa morte acaba trazendo algumas mudanças para a vida das duas, que vão morar com a mãe e a irmã mais nova em uma casa no campo.

Marianne Dashwood é uma personagem fortíssima, daquelas que você ama desde as primeiras cenas. Uma garota sorridente, muito transparente quando se trata de sentimentos e emoções. Tal como sua mãe, acredita que para realmente sentir algo é necessário expressar abertamente, portanto suas dores, alegrias, paixões e anseios são compartilhados com todos à sua volta. Elinor é totalmente o oposto dela. Sempre muito reservada, com muitos sonhos, mas sem deixar que nenhum seja conhecido. É daí que o vem o nome atual. Enquanto uma era a razão em pessoa, a outra era a própria sensibilidade.

Apesar de ser um romance, esse filme é bastante culto, dadas as críticas que ele faz à sociedade da época. Em primeiro lugar pudemos ver a injustiça da divisão dos bens: após a morte do Sr. Dashwood, a sua propriedade passa a ser do seu filho mais velho, que nem é do seu primeiro casamento. Também foca o fato de que muitos casamentos eram feitos pela beleza, os homens valorizavam mais a aparência das mulheres e acabavam mal casados com moças sem nenhuma maturidade e cultura. Um bom exemplo seria o Sr e a Sra Palmer, consegui ficar cansada de ouvir a "silenciosa" sra. Palmer. rsrs

Marianne Dashwood


Apesar de ser um livro que mostra querer abordar a história das duas moças, o foco principal mantém-se sempre na segunda filha, Marianne. E não é por acaso, ela é uma figura e tanto! Acredito até que a própria escritora tenha colocado um pouco de si nessa personagem, que é a tendência da maioria, senão todos os escritores. Sempre tem algo de nós em cada um deles.

Uma garota linda, com muito charme e uma personalidade que pode ser considerada bastante inocente. Vê o mundo de uma forma diferente daquela que presenciamos atualmente. Um rapaz só é bom o suficiente se mostrar ser tão sensível à poesia quanto ela o é. Acho bastante justo. rsrs


Toda essa beleza acaba despertando o interesse de Coronel Brandon, um homem rico e bem resolvido, de 35 anos. Porém, Marianne está longe de sequer olhar para os sentimentos do "coroa", porque seu mundo acaba virando do avesso quando encontra o homem que aparentemente seria da sua vidaWilloughby é um jovem e bonito rapaz, com idade bem mais próxima do outro pretendente.

Nenhum dos dois procura esconder o que sente pelo outro, fazendo com que as pessoas julguem como um noivado certo, em breve. Mesmo após a partida súbita de Willoughby, todos menos Elinor acreditam que ele voltará e se declarará à moça.

Elinor Dashwood


Estou tentando não dar nenhum spoiler, mas está sendo muito difícil, já que amei cada minuto e quero dividir isso com vocês. Mas posso dizer que enquanto Marianne entrava em uma espécie de depressão amorosa por uma grande desilusão, Elinor descobre um segredo de Edward Ferrars, o rapaz que "roubou-lhe o coração", como diria nossa querida Marianne. É nesta parte do filme que passamos a conhecer uma personagem que aparenta ser doce, mas o coração é está longe de o ser. Lucy Steele promete fazer sumir com suas unhas e tranquilidade enquanto o filme durar, pode ter certeza.

Enfim, acho que não preciso repetir o quanto gostei de assistir o filme. É uma pena não ter lido primeiro a obra, já que o filme sempre peca em relação ao texto original. Não é, meninas? Foi uma indicação da querida +Ana Karla , e confesso que gostaria de pode apagar minha memória e voltar a assistir tudo outra vez, me emocionar mais uma vez.

A melhor parte de todo o filme foi sem dúvida conhecer a forma de pensar de Marianne Dashwood e perceber que afinal eu não estou tão sozinha assim no meu mundo de romântica incurável. Não que a não existência de tal exemplo me faria mudar minha opinião. Longe disso...rsrs.

Essa é apenas uma demonstração da sensibilidade da jovem Marianne:

“Não tenho medo de mostrar meus sentimentos e de fazer coisas imprudentes, pois acredito que o que não se mostra, não se sente. Coisa que talvez surpreenda muito a você, pois os seus sentimentos são tão guardados que parecem não existir realmente.”
Quase chorei de orgulho ao ouvir essas palavras. #MarianneDashwoodMeRepresenta! kkkk

4 comentários:

  1. Tenho muita vontade de ler "Razão e Sensibilidade" por isso ainda não assisti o filme. Mas está na lista ;)
    Beijos,
    alemdacontracapa.blogspot.com

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    1. Como eu conheci primeiro o filme, não tive como fazer o inverso. :/
      Mas apoio a sua ideia a 100%. kkk Bjs

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  2. Gosto mais do que Orgulho e Preconceito, não me julguem hahahahaha

    A Arte de Louvar
    www.aartedelouvar.blogspot.com.br

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    1. Não julgarei! kkk Até porque eu gostei mais desse também, achei bem mais romântico. kkkk

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