O fim de tarde castanho
Encobre a biblioteca
Um fino pó doirado paira no ar,
Dando um aspeto irreal ao espaço,
Prestes a fechar.
Instala-se a azáfama...
Ouve-se a chave na fechadura,
Lá em baixo, no rés-do-chão,
Por toda a biblioteca ecoa o barulho,
Quando esta é deixada, vazia.
Já nada se ouve...
Um outro movimento inicia-se, diferente.
Ergue-se a Cinderela do seu catre,
De pássaros rodeada,
Surgidos do nada.
Capuchinho vermelho e a sua manta escarlate,
Saltita, entre sofás e estantes.
No ar paira o cheirinho
Dos cozinhados da bruxa má,
Hansel e Gretel.
Ao fundo, ouve-se o encantador louvar
das sereias de Ulisses,
e o doce sibilar
Do hipnotizador e da sua serpente.
«A verdadeira ação,
ocorre às portas fechadas»
Recordo a minha bisavó.
Eu sei que o post de hoje foi mais curtinho, mas eu amo muito esse poema. Foi escrito em uma aula de Português no tempo em que eu morava em Portugal. Me traz muitas boas lembranças, e achei legal compartilhar com vocês. Estava lá para trás nas primeiras publicações, mas decidi aproximar mais ele. rsrs É verdade, também amo poesia. :3
Adorei tua visita e vim logo te ver! Achei esse poema muito legal por aqui! Gostei! E que bom que também gostas de céus! bjs, lindo fds! chica
ResponderEliminarObrigada. :D Bjs
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