No fundo eu já imaginava como tudo ia terminar, sabia até que teria um fim. Mas como eu posso dizer isso? Temos aquela idéia absurda de que tudo o que é bom não tem prazo de validade. Doce inocência.
Não foi amor à primeira vista, mas ao primeiro nome...pensei logo: "Custe o que custar, esse eu vou levar!" Ainda tentaram me avisar, dizer que eu seria a única a sair perdendo naquela história. "Uma vez na vida, não vai me fazer mal algum." Falar aquilo em voz alta era uma forma de me convencer de que tudo ficaria bem, mesmo que eu própria não acreditasse.
Então eu fiz o pedido, sem me importar com custos e consequências. Eu precisava dar uma chance a mim mesma pelo menos uma vez. Foram bons momentos. Nunca me senti tão viva, tão cheia de adrenalina...ou glicose, tanto faz.
Houve bastante conversa. Sinto que só eu falava, o açúcar já tinha chegado ao cérebro; isso ou era apenas a minha capacidade linda de conversar pelos cotovelos. Naquele momento pouco importava o motivo, eu só sabia que estava feliz. Tão feliz que não me dei conta de que algumas coisas são iguais a algodão doce...prendem a nossa atenção por algum tempo, para que não entendamos o que se passa realmente: o fim dele. É mais ou menos o trabalho dos dentistas com as crianças; apresentam um pirulito colorido no início da consulta para deixá-lo "psicologicamente anestesiado" até que o momento tortura chegue ao fim. :) Delicioso. o/
Pois bem, continuando a minha história. Eu estava muito feliz com as conquistas que já havia feito. Sentia que a cada minuto que passava, mais conseguia enxergar o seu interior, do que ele era feito. Não sei se eram os efeitos do açúcar em excesso ou se era apenas imaginação minha, mas o fato é que o mundo ao meu redor se apagou por completo. Não ouvia os pedidos dos outros, nem o vento levando as folhas secas em redemoinho aos meus pés, nem aquela criança rindo e correndo atrás de um gato com um saco plástico no pescoço. Eu estava bem distante dali.
Mas como já foi dito no princípio, nunca pensamos no fim, até que ele te pega de surpresa e interrompe uma série de planos e sonhos que você construiu. Ele surge como um ladrão, sem se importar com o quanto aquilo significou para você, e do quanto você precisa dele para viver. Só aparece e pronto. Pum! Sua felicidade agora parece distante, quando só resta um guardanapo meio sujo e um pratinho de porcelana.
Você tenta esquecer tudo, dar um novo sentido à sua vida, mas fica difícil quando a lembrança ainda está viva. Tão viva que te tira o sono incontáveis vezes. Até que por fim você decide que não vale mais a pena procurar o que não existe...ou que talvez nunca tenha existido, nada ficou registado; você estava tão concentrada que ignorou o fato de que poderia eternizar aqueles momentos em um filme.
Mas acabou, esqueça que alguma vez existiu e siga em frente. Chorar não vai trazer de volta o leite derramado para o copo, ou congelar o gelo que caiu no asfalto, ou mesmo reconstruir a página que passou no triturador. Mas isso não significa que não há um recomeço, que não há outra caixa de leite na geladeira, ou uma bandeja de gelo no freezer, ou mesmo uma resma de papel no escritório. Acabou? Vamos nessa, seguir em frente é a única opção. Não tem como ficar parado.
Decidi de uma vez por todas que precisava me levantar da cadeira, limpar o que sobrou e enfrentar o caixa. Sim, tudo terminou, mas eu "assinei um contrato" aceitando todos os custos e consequências. Lentamente, como se estivesse em câmera lenta, abri minha carteira e tirei uma nota de 10. Meio caro para algo que durava pouco, certo? Eu sei, mas meu impulso foi mais forte.
Olhei resignada para a "folhinha verde" que acabara de perder, como se meu sonho não estivesse já esmagado no guardanapo dentro do lixeiro mais próximo. Engoli em seco e saí, pela porta da frente, com o olhar fixo na janela mais alta do prédio em frente à sorveteria. Precisava manter a cabeça erguida, mesmo que aquilo me tornasse uma "nariz empinado" para quem me olhasse naquele momento.
Acabou. Arrisquei, vivi, perdi e estava saindo de cena, sem nenhuma consequência. Me parabenizei mentalmente.
Aaaaaatchimmm!!!!!! Maravilha, acho que estou gripada.
Pois bem, continuando a minha história. Eu estava muito feliz com as conquistas que já havia feito. Sentia que a cada minuto que passava, mais conseguia enxergar o seu interior, do que ele era feito. Não sei se eram os efeitos do açúcar em excesso ou se era apenas imaginação minha, mas o fato é que o mundo ao meu redor se apagou por completo. Não ouvia os pedidos dos outros, nem o vento levando as folhas secas em redemoinho aos meus pés, nem aquela criança rindo e correndo atrás de um gato com um saco plástico no pescoço. Eu estava bem distante dali.
Mas como já foi dito no princípio, nunca pensamos no fim, até que ele te pega de surpresa e interrompe uma série de planos e sonhos que você construiu. Ele surge como um ladrão, sem se importar com o quanto aquilo significou para você, e do quanto você precisa dele para viver. Só aparece e pronto. Pum! Sua felicidade agora parece distante, quando só resta um guardanapo meio sujo e um pratinho de porcelana.
Você tenta esquecer tudo, dar um novo sentido à sua vida, mas fica difícil quando a lembrança ainda está viva. Tão viva que te tira o sono incontáveis vezes. Até que por fim você decide que não vale mais a pena procurar o que não existe...ou que talvez nunca tenha existido, nada ficou registado; você estava tão concentrada que ignorou o fato de que poderia eternizar aqueles momentos em um filme.
Mas acabou, esqueça que alguma vez existiu e siga em frente. Chorar não vai trazer de volta o leite derramado para o copo, ou congelar o gelo que caiu no asfalto, ou mesmo reconstruir a página que passou no triturador. Mas isso não significa que não há um recomeço, que não há outra caixa de leite na geladeira, ou uma bandeja de gelo no freezer, ou mesmo uma resma de papel no escritório. Acabou? Vamos nessa, seguir em frente é a única opção. Não tem como ficar parado.
Decidi de uma vez por todas que precisava me levantar da cadeira, limpar o que sobrou e enfrentar o caixa. Sim, tudo terminou, mas eu "assinei um contrato" aceitando todos os custos e consequências. Lentamente, como se estivesse em câmera lenta, abri minha carteira e tirei uma nota de 10. Meio caro para algo que durava pouco, certo? Eu sei, mas meu impulso foi mais forte.
Olhei resignada para a "folhinha verde" que acabara de perder, como se meu sonho não estivesse já esmagado no guardanapo dentro do lixeiro mais próximo. Engoli em seco e saí, pela porta da frente, com o olhar fixo na janela mais alta do prédio em frente à sorveteria. Precisava manter a cabeça erguida, mesmo que aquilo me tornasse uma "nariz empinado" para quem me olhasse naquele momento.
Acabou. Arrisquei, vivi, perdi e estava saindo de cena, sem nenhuma consequência. Me parabenizei mentalmente.
Aaaaaatchimmm!!!!!! Maravilha, acho que estou gripada.
KKKKKKKKKKKK, esse texto me representa na vida. ♥
ResponderEliminarwww.acessopermitido.com/
Me identifiquei com seu comentário. o/ kkkkk
EliminarO seu ficou perfeito também. <33
ADOREI! Principalmente esse trecho: "Mas acabou, esqueça que alguma vez existiu e siga em frente. Chorar não vai trazer de volta o leite derramado para o copo, ou congelar o gelo que caiu no asfalto, ou mesmo reconstruir a página que passou no triturador. Mas isso não significa que não há um recomeço, que não há outra caixa de leite na geladeira, ou uma bandeja de gelo no freezer, ou mesmo uma resma de papel no escritório. Acabou? Vamos nessa, seguir em frente é a única opção. Não tem como ficar parado." HAHAHAHA Resumindo bem como devemos nos portar ante as dificuldades e que independentemente de tudo, devemos ter jogo de cintura e desenvoltura para seguir em frente de uma vez, pois afinal, isso sim é o certo a se fazer independentemente do que esteja acontecendo. Não sei se esse texto te deu a sensação que deu em mim: inspiração. Ótima semana minha flor. Beijos.
ResponderEliminarEwerton Lenildo - Viajante das Letras - viajantedasletras.blogspot.com <3
Muito bom como todos os seus textos são! Adoro sua criatividade... o negócio é seguir em frente com coragem sempre. kkkkkkkkkkk Tomo sorvete até mesmo gripada. AMOO!
ResponderEliminarBeijos,
Monólogo de Julieta
Amei!! pricipalmente a parte " nunca pensamos no fim, até que ele te pega de surpresa e interrompe uma série de planos e sonhos que você construiu. Ele surge como um ladrão, sem se importar com o quanto aquilo significou para você, e do quanto você precisa dele para viver. Só aparece e pronto. Pum! Sua felicidade agora parece distante, quando só resta um guardanapo meio sujo e um pratinho de porcelana.
ResponderEliminarVocê tenta esquecer tudo, dar um novo sentido à sua vida, mas fica difícil quando a lembrança ainda está viva. Tão viva que te tira o sono incontáveis vezes. Até que por fim você decide que não vale mais a pena procurar o que não existe...ou que talvez nunca tenha existido, nada ficou registado; você estava tão concentrada que ignorou o fato de que poderia eternizar aqueles momentos em um filme." AMEEEEEI!! <3