Você nunca vai saber se um livro vai te apaixonar assim que olha a capa. Na verdade a capa muitas vezes pode te trazer algumas desilusões, porque um bom design não implica necessariamente um bom conteúdo. Mas...estou sem pa-la-vras! Este livro é um lançamento da +Grupo Editorial Novo Conceito que conseguiu se superar mais uma vez na escolha das obras a publicar! Vem conferir!
"NUNCA É TARDE DEMAIS PARA VIVER A MAIOR AVENTURA DA NOSSA VIDA."
A MAIS PURA VERDADE
Dan Gemeinhart
A MAIS PURA VERDADE
Dan Gemeinhart
Em todos os sentidos que interessam, Mark é uma criança normal. Ele tem um cachorro chamado Beau e uma grande amiga, Jessie. Ele gosta de fotografar e de escrever haicais em seu caderno. Seu sonho é um dia escalar uma montanha. Mas, em certo sentido um sentido muito importante , Mark não tem nada a ver com as outras crianças. Mark está doente. O tipo de doença que tem a ver com hospital. Tratamento. O tipo de doença da qual algumas pessoas nunca melhoram. Então, Mark foge. Ele sai de casa com sua máquina fotográfica, seu caderno, seu cachorro e um plano. Um plano para alcançar o topo do Monte Rainier.Nem que seja a última coisa que ele faça.
Minha Opinião: Faz muito tempo que não leio um lançamento assim que ele é divulgado. Sempre deixo a poeira baixar, blogueiros pararem de falar da mesma coisa e tentar surpreender o público com um ponto de vista razoavelmente diferente da maioria. É...quando diz respeito a livros, eu costumo ser do contra. rsrs
Mas felizmente tive a vantagem de ter o livro nas mãos com alguns meses de antecedência. E porquê não ler? E porquê adiar a resenha? Descobri que esta é a primeira obra de Dan Gemeinhart, e apesar disso, conseguiu captar a atenção de uma porção generosa (diga-se de passagem) de leitores.
O livro começa com o protagonista fugindo de casa levando apenas uma máquina fotográfica, um caderno e caneta, equipamentos de alpinismo, passagem de trem, remédios e um cachorro. Mark é um garoto de doze anos que tem câncer (desculpem o spoiler, mas estava bem na cara rsrs). Ao receber uma notícia difícil, o personagem decide sair de casa e realizar um sonho. Afinal, o que ele perderia?
Sua maior fonte de inspiração para continuar a escalada era um sentimento. Amor, felicidade, aceitação? Não, era raiva. Raiva de não entender nada do que está acontecendo com o seu corpo, raiva das pessoas que o amam e ficarão tristes pela sua partida...mas ele não deveria estar triste também?
Mas ele não estava sozinho na escalada, Beau, seu cachorro de estimação, era o seu melhor amigo depois de Jessie. Foi o único que o acompanhou naquelas que pareciam ser as suas últimas horas de vida. Sem proteção alguma, e com um sério risco de ter hipotermia, o cachorro continuava em frente, ao lado do dono. Sempre empolgado. Em certa momento da narrativa, Beau quase morre numa fenda aberta na montanha, mas essa história vocês devem ler para sentir melhor. rsrs
Design do Livro: A capa está simples, mas tem um significado enorme. Na verdade você pode ver vários significados. Podemos entender que a fenda seja a morte, que separa dois seres que, em vida, seriam inseparáveis. Também podemos explicar desta forma a comunicação deles; apesar de serem espécies distintas, eles conseguiam ter uma intimidade que poucos humanos conseguem. Conversavam sem palavras, se entendiam com gestos de ternura.
Também gostei muito da divisão dos capítulos. O livro desenrola-se tanto em uma narrativa na primeira pessoa, quanto na terceira. Sem contar com os capítulos fracionados. O primeiro é narrado por Mark, que nos coloca no centro dos acontecimentos. O que seria o segundo capítulo passa a ser o 1 1/2, que é narrado na terceira pessoa. Há um momento em que a história é narrada pela sua melhor amiga, Jessie, e vemos como ela sofre com a ausência do melhor amigo, e a intimidade dos dois se mostra apesar da distância.
Em todos os capítulos com número inteiro (1,2,3...), narrados pelo Mark, podemos acompanhar quantos quilômetros ainda faltam até o cume da montanha. Não tem como ficar alheio a todos os acontecimentos que ocorrem na vida do protagonista. Ele é espancado, assaltado, passa fome, frio, saudades...e por fim...não vou contar o fim. rsrs
Para quem ainda estava indeciso se compraria ou não, eu recomendo. É um livro fácil de se ler, uma narrativa gostosa e sem muitas terminologias da medicina. Simplesmente amei, e lerei outras vezes no futuro, para lembrar de que desistir não deve ser uma palavra existente no nosso dicionário. Apesar de fraquejar um pouco devido a tudo que enfrentou, o personagem principal conseguiu demonstrar uma coragem e ousadia que muitos possuem, que muitos se orgulham de ter. Maravilhoso!
Mas felizmente tive a vantagem de ter o livro nas mãos com alguns meses de antecedência. E porquê não ler? E porquê adiar a resenha? Descobri que esta é a primeira obra de Dan Gemeinhart, e apesar disso, conseguiu captar a atenção de uma porção generosa (diga-se de passagem) de leitores.
O livro começa com o protagonista fugindo de casa levando apenas uma máquina fotográfica, um caderno e caneta, equipamentos de alpinismo, passagem de trem, remédios e um cachorro. Mark é um garoto de doze anos que tem câncer (desculpem o spoiler, mas estava bem na cara rsrs). Ao receber uma notícia difícil, o personagem decide sair de casa e realizar um sonho. Afinal, o que ele perderia?
“Na manhã seguinte, eu estava duro, dolorido e morrendo de fome – mas estava vivo, e mais determinado do que nunca a chegar ao fim da minha missão. Não havia chegado até aqui e sobrevivido a tudo isso só para desistir agora. Essa é a mais pura verdade.”O mais interessante do livro é o fato de ser escrito sem tentar maquiar a verdade. O garoto está doente, literalmente morrendo, mas ele não se rende ao fracasso. Muitos podem pensar que é esse o caso, mas você deve reparar que, apesar de saber que sua vida está no fim, ele tenta usar as suas últimas forças para realizar um sonho doido. Seria uma loucura alguém querer escalar uma montanha congelada em dia de tempestade. Ainda mais sem proteções suficientes e equipamentos necessários. Mas Mark não quer saber, é seu último desejo.
Sua maior fonte de inspiração para continuar a escalada era um sentimento. Amor, felicidade, aceitação? Não, era raiva. Raiva de não entender nada do que está acontecendo com o seu corpo, raiva das pessoas que o amam e ficarão tristes pela sua partida...mas ele não deveria estar triste também?
"Eles chorariam quando eu partisse, mas era eu quem partiria. Eles teriam todos os amanhãs do mundo para se sentirem melhor."Tentei pensar nessa afirmação como sendo uma forma de egoísmo pouco sensata da parte do protagonista. Não entendi se ele tinha mais raiva de si e da doença ou da vida que os seus entes queridos ainda tinham pela frente. Mas depois eu parei e pensei...ele não queria morrer, ninguém deseja a morte. Tal como Augusto Cury diz, até um suicida ama a vida; o que ele deseja exterminar é a sua dor, e não a vida. Portanto, Mark queria muito ter a saúde que as outras pessoas tinham, queria ser saudável, e ter muitos aniversários para comemorar. Mas ele não tinha, e isso gerava uma revolta em seu coração infantil.
Mas ele não estava sozinho na escalada, Beau, seu cachorro de estimação, era o seu melhor amigo depois de Jessie. Foi o único que o acompanhou naquelas que pareciam ser as suas últimas horas de vida. Sem proteção alguma, e com um sério risco de ter hipotermia, o cachorro continuava em frente, ao lado do dono. Sempre empolgado. Em certa momento da narrativa, Beau quase morre numa fenda aberta na montanha, mas essa história vocês devem ler para sentir melhor. rsrs
Design do Livro: A capa está simples, mas tem um significado enorme. Na verdade você pode ver vários significados. Podemos entender que a fenda seja a morte, que separa dois seres que, em vida, seriam inseparáveis. Também podemos explicar desta forma a comunicação deles; apesar de serem espécies distintas, eles conseguiam ter uma intimidade que poucos humanos conseguem. Conversavam sem palavras, se entendiam com gestos de ternura.
Também gostei muito da divisão dos capítulos. O livro desenrola-se tanto em uma narrativa na primeira pessoa, quanto na terceira. Sem contar com os capítulos fracionados. O primeiro é narrado por Mark, que nos coloca no centro dos acontecimentos. O que seria o segundo capítulo passa a ser o 1 1/2, que é narrado na terceira pessoa. Há um momento em que a história é narrada pela sua melhor amiga, Jessie, e vemos como ela sofre com a ausência do melhor amigo, e a intimidade dos dois se mostra apesar da distância.
Em todos os capítulos com número inteiro (1,2,3...), narrados pelo Mark, podemos acompanhar quantos quilômetros ainda faltam até o cume da montanha. Não tem como ficar alheio a todos os acontecimentos que ocorrem na vida do protagonista. Ele é espancado, assaltado, passa fome, frio, saudades...e por fim...não vou contar o fim. rsrs
Para quem ainda estava indeciso se compraria ou não, eu recomendo. É um livro fácil de se ler, uma narrativa gostosa e sem muitas terminologias da medicina. Simplesmente amei, e lerei outras vezes no futuro, para lembrar de que desistir não deve ser uma palavra existente no nosso dicionário. Apesar de fraquejar um pouco devido a tudo que enfrentou, o personagem principal conseguiu demonstrar uma coragem e ousadia que muitos possuem, que muitos se orgulham de ter. Maravilhoso!
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