As minhas visitas ao hospital deixaram de ser novidade. Eu ia trabalhar de manhã ansioso que chegasse logo as seis horas da tarde, quando eu tinha autorização para ir vê-la. Quando a hora se avizinhava o coração batia mais forte de antecipação e eu começava logo a preparar o esquema da visita daquele dia.
Eu levava livros, um leitor de músicas mp3, canetas, folhas...quem me via pensava que eu iria passar o serão com uma criança. Cheguei até a levar alguns cozinhados que eu preparava e que fazia com que Aubrey sorrisse e esquecesse da comida sem sabor que os enfermeiros lhe serviam. Todas estas visitas nos aproximaram muito, ficávamos mais de hora conversando.
Ela fechava os olhos e contava-me como via o nosso futuro juntos; muitas destas vezes ela adormecia a meio de uma palavra, e eu ficava meio que entorpecido com o seu ressonar ritmado e a sua aparência angelical. Ninguém diria que na sua cabeça trabalhava um grande mal. Mas o bem sempre vence, e eu acreditava nesta vitória. Mais do que tudo, eu acreditava que a história mudaria.
Deus estava no controle, tinha o poder sobre as nossas vidas e tudo daria certo. Com esta certeza firme dentro de nós, não hesitávamos em aproveitar cada minuto que nos eram concedidos no hospital. Nós valorizávamos estes momentos como a melhor parte do nosso dia. Apreciávamos a presença um do outro mais do que qualquer outra coisa. Acreditávamos no impossível.
Gente, que fofinhooo <3
ResponderEliminarAwn gente *O* adorei!
ResponderEliminarxoxo
http://www.universovanguarda.com/